terça-feira, 29 de setembro de 2009

Derrotado por merecimento



Não poderia ser pior o primeiro tempo vascaíno no Estádio de São Januário, o time entrou desconcentrado, marcando pouco, errando muitos passes, aliás errando tudo que tentava fazer. O Figueirense adiantou a marcação, às vezes com 5 jogadores marcando no campo de defesa vascaíno, a bola não saia com qualidade, chegando na fogueira para Carlos Alberto e a dupla de ataque: Elton e Adriano. O técnico do time catarinense matou o Vasco em campo, e diga-se de passagem, o Figueirense jogou um primeiro tempo impecável, errando o mínimo possível, e partindo para cima do anfitrião como se estivesse em Orlando Scarpelli. Foi um show técnico e tático da equipe catarinense, por isso abriu o placar aos 31 minutos numa cobrança de falta em dois lances, cobrada pelo Schwenck (ex Botafogo), ele visualizou bem e colocou a bola no cantinho esquerdo do Fernando Prass (que pra mim armou mal a barreira). O Figueira continuava dono do jogo, mesmo como visitante, jogava leve, os contragolpes, geralmente, puxados pelo Fernandes, o camisa 10 deles, levavam perigo ao gol cruzmaltino. E aos 45, depois de uma atrapalhada da minha zaga, os catarinenses emplacaram o 2° gol do jogo, com o próprio Fernandes, que aproveitou o presente dado pelos zagueiros vascaínos e bateu bem na bola, sem chances para o Prass. Primeiro tempo medonho, e resultado mais do que justo, temos que admitir que o Figueirense entrou com mais raça na partida, e jogava como se fosse a última disputa do campeonato, como se fosse uma final de Copa do Mundo. Vamos ver o que o Dorival tem a falar a seus comandados.

Na volta para o segundo tempo, palavras do Dorival: "Só teve uma equipe em campo". E com a saída de Amaral, primeiro volante vascaíno, para a entrada do Phillipe Coutinho, o Vasco veio um pouco mais ofensivo, naturalmente, e o Figueirense esperando, mas nada que fosse muito contundente, ataques sem organização, e nenhuma chance clara de gol. Vendo isso, Dorival Junior, com 17 minutos do segundo tempo, resolveu tirar o lateral direito Fagner (que jogava mal pra caramba, conseguindo ser pior do que o Paulo Sérgio) e colocou o Rodrigo Pimpão, jogando em um ousado 4-3-3. Porém, mesmo com esse caminhão de jogadores ofensivos, o Vasco não conseguia criar opções de jogo, o Figueira buscava nitidamente os contragolpes e ficava fechadinho, tocando a bola, esperando o tempo passar. Os 7000 presentes ao São Januário vaiavam muito a equipe, principalmente o inexplicável Enrico, assim que o meia pegava na bola, a torcida apupava o estrangeiro perna de pau. Finalmente, aos 37 minutos do segundo tempo, depois de um lance estranho, onde o juiz marcou algo que ninguém entendeu (uma falta indireta, ele viu a bola bater na mão do jogador catarinense), a bola foi cruzada e Nilton desviou para o gol, diminuindo o escore em São Januário. Essa era a hora da virada, na cabeça do torcedor, porque o time continuava desorganizado, e chegava atabalhoado na frente, errando no passe final, e ainda expondo o setor defensivo às investidas do Figueira, que administrava o jogo. O juizão tentou ajudar o Vasco, deu 3 minutos de acréscimos, mas o Figueira continuava jogando com inteligência e se expondo pouco, fazendo com que o placar não fosse mais alterado.

Esse placar, obviamente, não é o fim do mundo, o Vasco segue líder da competição, apenas diminuindo a vantagem para o segundo colocado, o Guarani, para três pontos. Mas como disse no post anterior, o Vasco, ainda, não é um time de 1ª Divisão, é um time em formação, um pouco inexperiente, formado por garotos, na sua maioria, alguns com muita qualidade como Coutinho, Souza, Alex Teixeira, mas está "cheirando a leite" ainda. Acho interessante que a diretoria pense em contratações para 2010, pois mesmo com a derrota de hoje, creio que o Vasco não tenha dificuldades para alcançar a divisão principal do Campeonato Brasileiro, mas é preciso repensar e contratar com inteligência. Portanto, amigos, estou de cabeça inchada com essa derrota, e espero que o time mude a atitude para o jogo contra o Bragantino, não podem achar que o Campeonato terminou, devemos pensar que cada jogo é uma final, e além da classificação para a elite, o título será importante para não darmos mole para a urubuzada, pós de arroz (esse está acabado), solitários, etc...

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