terça-feira, 13 de outubro de 2009

Dois tempos distintos, e vitória, teoricamente, fácil !!!


Jogo essencial para o time da cruz de malta, pegaremos o Vila Nova, uma equipe que não está numa colocação muito boa na tabela de classificação, mas respeitando a história e a casa vascaína, vem bem fechado para o jogo e busca se defender mais do que agredir ao Vascão. Já o Vasco entra com um time um pouco diferente, já que Carlos Alberto recebeu o 3° cartão no jogo de Campinas, e desfalcará o time nessa partida. Dorival apostou em um esquema que libere mais os alas, armando um meio de campo marcador, com Nilton, Amaral e Alan, esse último tendo mais liberdade para chegar no ataque, porém revezando as investidas com o Nilton. No ataque, temos Elton e Aloísio Chulapa, dois atacantes mais pesados, mas que buscarão cair pelas pontas, dando opção aos laterais.

O jogo começa como o esperado, pegado, o Vila buscando o contragolpe, numa postura mais defensiva, esperando o Vasco, porém aos 7 minutos surge o momento que muda, completamente, a cara do jogo. Em um escanteio cobrado pelo Paulo Sérgio, o Nilton, às vezes criticado pelo seu jeito de falso craque, me pega uma virada de meia bicicleta e joga a bola no barbante goiano, que golaço no São Januário, um dos mais bonitos das Séries A e B, pintura do Nilton. O gol fez com que o esquema tático do Vila Nova, teoricamente, saísse de uma postura mais defensiva para uma estratégia mais ousada, buscando o ataque, e foi isso que aconteceu. Mesmo o Vila, de forma meio atabalhoada, saindo para o ataque, quem mandava no jogo era o Vasco, o Alan fazia uma boa partida, o time chegava ao ataque com facilidade, mesmo não finalizando tão bem. Contudo o futebol é um esporte emocionante por isso, justamente quando parecia que o Vascão iria ampliar o placar, o Vila acha um gol em uma jogada que a zaga parou de vez, o meia Otacílio desceu pela esquerda, cruzou para trás e Nena chutou sem chances para o Prass. 1 x 1 no São Januário, a torcida custa em acreditar, mas o empate acontece em um momento em que éramos um pouco melhor na partida.

Depois do gol goiano, o Vasco caiu muito de rendimento, não conseguíamos articular as jogadas, apenas com o Fumagalli para armar jogadas, umas subidas do Nilton ou Alan, mas sem êxito. Enfim o time da Colina não foi criativo, não tivemos oportunidades e homens pensantes que fizessem a bola chegar aos avantes alvinegros. E, para irritação da torcida, o primeiro tempo terminou no mixuruco empate, porém sem vaias, seguindo as determinações do nosso comandante que pediu à torcida que não apupasse a equipe.

Começa o segundo tempo, o Vasco tenta algumas investidas, meio sem organização, principalmente buscando bolas altas, tentando aproveitar Elton e Aloísio no ataque, porém o jogo é muito truncado ainda, não vemos grandes possibilidades de alteração do placar. Aos 9 minutos, o mestre Dorival se irrita e faz a primeira modificação no time vascaíno, bem ousada por sinal, tira o Fumagalli (que não conseguia criar jogadas de forma nenhuma) e coloca o Adriano, saindo de 4-4-2 para 4-3-3, com o Alan encostando mais nos atacantes. O jogo continua, como falamos na gíria, encruado, a criatividade não existe ainda, e o time não consegue se achar. O Dorival tenta de tudo, tira o Aloísio coloca Magno, tira o lateral esquerdo Pará, que fazia uma partida péssima, e coloca Ernani, a torcida aplaude a substituição.

Então, meus caros, o jogo muda de cara, o Magno entra bem na partida, dá movimentação, desce mais um pouco para armar as jogadas, e em uma dessas descidas o meia toca a bola na lateral esquerda para Amaral (isso mesmo, o volante vascaíno) que tenta o cruzamento sem êxito, na volta da bola, o cão de guarda vascaíno acerta um belo chute encobrindo o goleiro Juninho do Vila. Está lá, aos 20 minutos, Vascão 2 x 1 Vila. Abriu-se a porteira para a goleada, que não era esperada pelo futebol apresentado até então. Aos 24 minutos, a zaga do Vila se atrapalha, e deixa o Ernani fazer uma bela assistência para o zagueirão Titi ampliar de novo o placar em São Januário. Praticamente mataríamos o jogo, o Vila já não era tão perigoso, as alterações do Dorival deram certo e o Vascão passa a alugar o meio de campo. E aos 33 minutos, surge o gol do nosso artilheiro, Adriano se aproveita da falha da defesa goiana, chuta forte, Juninho espalma e Elton, apenas, completa para o fundo das redes, fazendo aquele gesto conhecido mandando a torcida calar, não foi bacana, mas soou como um desabafo do atacante. GOLEADA na Colina, Vasco 4 x 1 Vila Nova, mais três pontos, e duas vitórias para o acesso à 1ª Divisão.

Pois, amigos, mais uma vez o Vasco não fez uma partida excelente, mas venceu e bem, se aproxima da Série A, não é um time brilhante, talvez não tivéssemos êxito na elite do futebol, mas o time está dando para o gasto na Série B, somos lideres e estamos bem próximos de disputar, novamente, a 1ª Divisão, de onde nunca deveríamos ter saído. Enfim, companheiros, o Vascão faz seu papel, não joga brilhantemente igual ao Corinthians do ano passado, mas conseguirá, por certo, a vaga entre os 4, e quem sabe beliscaremos o título da competição.

Abraço a todos, e até a próxima !!!

sábado, 10 de outubro de 2009

Raça não faz mal a ninguém


Não é preocupante, ainda, o acesso do Vasco à série A do futebol brasileiro, mas temos passado cada sufoco que eu vou vos contar. O jogo de hoje, com a Ponte Preta, poderia ter sido um jogo mais simples, já que a Ponte tem pouca aspiração ao acesso, contanto que sua torcida compareceu em pequeno número ao Moisés Lucarelli, menos de 4000 pagantes. Mas não foi o que pareceu nos primeiros minutos de jogo, a Macaca marcava muito forte, e o Vasco não parecia querer muita coisa com o jogo. O meio de campo vascaíno estava muito afastado do ataque, então as bolas chegavam sem qualidade ao Pimpão e Aloísio.

Eis que aos 18 minutos, numa cobrança de falta pela esquerda, Carlos Alberto desvia a bola de cabeça e coloca no fundo das redes pontepretanas, nosso capitão saiu comemorando, apontou os dedos para os céus, como é de costume, mas o senhor Edivaldo Elias da Silva marcou alguma coisa que ninguém sabe o que foi, enfim anulou o gol que nos traria um certo conforto, e propiciaria um jogo mais cadenciado, como estava sendo. Não que 8 minutos depois, a Ponte que não parecia estar inspirada faria o seu gol através do Evando (um dos atacantes mais rodados do futebol brasileiro), a partir daí a partida ficou meio ruim de se ver, pouca criatividade, o juizão atrapalhando tudo, só para terem uma idéia, ele destribuiu 17 (eu disse 17) cartões no jogo.

O segundo tempo começou do mesmo jeitinho, o Vasco não criava muito, a marcação da Ponte era forte, e o juiz aplicava cartões até em espirros dos zagueiros, numa dessas o zagueirão da Ponte, o Jean, outro que também jogou no Vitória, foi expulso. Pensei, como sempre, que seria a hora da virada, me enganei totalmente, a Ponte não sentia a falta do zagueiro, e ainda atacava com muito perigo com o atacante Lins e o bom Fábiano Gadelha. Ahhhh... já ia esquecendo, o Elton (grande artilheiro, matador, centroavante vascaíno, melhor atacante do Rio) entrou e só fez tomar um cartão. O jogo caminhava para uma derrota melancólica do time carioca, até que apareceu ele, o nome do jogo, Sr° Edivaldo Elias da Silva, anotem esse nome. Para minha felicidade, mesmo não jogando bem, achamos um pênalti esquisito marcado por esse cidadão aos 30 minutos do segundo tempo, Carlos Alberto bateu e, agora sim, levantou as mãos para os céus valendo o tento. Pronto, 15 minutos para virar o jogo, Ponte com um a menos, a zaga toda pendurada, e o que vimos ? Pressão da Ponte, meus caros, os campineiros perderam duas chances reais de gol no final do jogo, e só não mudaram o placar por competência do Prass.

Bom, dos males o menor, o Guarani ganhou, certo, mas estamos a 1 ponto ainda do Bugre (que diga-se de passagem faz uma campanha fantástica no 2° turno, e merece subir para a 1ª sim, mesmo sendo contestado por muitos). O que valeu da partida foi esse pontinho, que não nos tirou a liderança, mas o sinal vermelho está aceso, o Vasco vem se apresentando mal a alguns jogos, sem Alex Teixeira e Souza na seleção Sub-20, o time perdeu muita qualidade e vem penando para se segurar no topo. Espero que o Dorival esteja vendo as mesmas coisas que esse humilde comentarista que vos fala, e proponha mudança, mas não são técnicas ou táticas não, de postura, vontade, garra, o time está jogando como se já fosse campeão, já estivesse na Série A, e não pode ser assim. Na terça, teremos Vasco e Vila em São Januário, vamos ver como a equipe entrará em campo, com que espírito, já que a vaga está perto, mas não matematicamente adquirida. Não podemos jogar achando que somos campeões já.

Um abraço a todos e até as próximas

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O Blog também é poesia, sobre o Vasco, é claro !!!


O belo poema foi lido na abertura da homenagem pelo aniversário de 109 anos (em 21 de agosto de 2007) do clube e pela criação do Dia do Vasco e dos Vascaínos, tendo sido bastante aplaudido pelos presentes no plenário do Palácio Pedro Ernesto.

VASCO-POEMA

Vasco,
Dos caixeiros e mulatos
Dos negros rejeitados
Suburbanos do povão
Vasco,
Dos padeiros e pedreiros
Lusitanos, brasileiros,
Força e miscigenação
Vasco,
De Roberto e de Romário
Levantou São Januário
Contra a discriminação
Vasco,
Da estrela radiante
Da torcida extasiante
Do Maracanã-vulcão
Vasco,
Dos meninos da Colina
Aprendizes desta sina
Que é amar teu pavilhão
Vasco,
Põe a garotada em campo
Bota o preto no branco
E a faixa de campeão
Vasco,
Mostra a cor da tua raça
Deixa um negro erguer a taça
Honra tua tradição
Vasco,
Não tiveste preconceito
Cruz-de-malta sobre o peito
Negritude pé no chão
Vasco,
Pra manter acesa a chama
Mais do que Vasco da Gama
És o Vasco da paixão!
Vasco,
És paixão que não se explica
Tudo passa, o Vasco fica
Vivo em nosso coração!


Autor: Hélio Ricardo

sábado, 3 de outubro de 2009

Renascer das cinzas !!!


Falei muito sobre o Vasco nesse espaço, chegou a vez do Tricolor de Aço. Tínhamos a expectativa no começo da Série B que, com certeza, o Bahia iria brigar a esta altura para acessar a elite do futebol brasileiro, o time, até, deu mostras que poderia chegar entre os quatros melhores, mas se afundou em uma crise administrativa sem precedentes. Ou, aliás, com precedentes, o Bahia vem sendo mal administrado já a algum tempo, o egoísmo, o individualismo, o caráter duvidoso de seus dirigentes, enfim é muito difícil estar a frente do maior clube do Norte-Nordeste, um time que tem a maior torcida da região, que era acostumada a títulos, e tem que se contentar a entrar em uma competição e brigar pelo não rebaixamento. É muito triste essa realidade, o Bahia não merece isso, de fato, a instituição é maior do que os interesses pessoais dessa administração fajuta, que vive em Brasília e só liga para os conselheiros ou dirigentes para saber quanto foi o jogo, não está presente, e deixa uma nação cabisbaixa, até porque nosso rival vem apresentando resultado, com uma gestão de pés no chão, vem a algum tempo se mantendo na Primeirona, gerando receita, reinvestindo esses ativos, enfim a trajetória do Vitória é louvável e poderia servir de exemplo ao Esporte Clube Bahia.

Hoje teremos um confronto contra o Figueirense em Santa Catarina, jogo de extrema importância para escaparmos definitivamente da zona de rebaixamento. Muitos já dizem que o jogo está definido, que o Figueira vai golear, que o Bahia será esmagado. Sinceramente, não concordo, assisti ao jogo Vasco e Figueirense, no qual o time catarinense bateu meu Vascão por 2 x 1, a equipe deles é arrumada, tem um meio de campo rápido, temos que ter atenção com o Fernandes, o camisa 10 deles, bom jogador, se movimenta muito pelas pontas, inteligente e tem bom passe. Como um bom time do sul, o Figueira marca muito, e jogando dentro de casa, provavelmente, vai tentar sufocar o Bahia nos primeiros 15 minutos. No jogo em São Januário, Márcio Araújo (técnico do Figueirense) preferiu jogar em um 3-6-1, aproveitando o apoio do Egídio, um lateral com limitações, mas que fez uma boa partida no Rio de Janeiro, hoje eu creio que ele venha com um time mais “ofensivo”, não que o outro esquema seja defensivo, mas é um esquema de mais marcação e saída rápida nos contragolpes, o que não acredito que o Figueira faça, pois jogará em casa e tem de vencer se quiser ter chances de acesso à Série A.

O Bahia contratou o Paulo Bonamigo, sinceramente não acho um técnico que possa modificar muito o que foi feito pelo Sérgio Guedes, por exemplo. Ele aposta num esquema semelhante ao do Figueira, jogará no 3-6-1, com três zagueiros, sendo que um deles, no caso o Marcone, fará a cobertura dos avanços de Marcos e Rubens Cardoso. O meio de campo será o fator principal da partida, quem souber povoar o setor e distribuir a bola com eficiência, terá 70 % do jogo no domínio, por esse motivo estou empolgado para ver essa nova formação, já que teremos Leandro dando suporte à marcação, Léo Medeiros como segundo volante e sendo responsável pela armação ou pelo menos em passar a bola para os mais avançados, contaremos com Hélton Luiz (que espero que esteja mais objetivo) e Odair, como organizadores da meiuca, e responsáveis por municiar o centroavante Jael. A idéia é boa, espero que na prática as coisas funcionem como na teoria. Acredito que o Bahia possa surpreender o time catarinense e vencer essa partida, mesmo sendo que será uma missão muito difícil, exigirá empenho extra dos nossos atletas, mas sinto que nenhum deles quererá ficar marcado com um rebaixamento para a Série C, não quero nem pensar nessa possibilidade.

Então, hoje, é torcer, torcer e torcer, fazer pensamento positivo, amarrar os pés do Schwenk, Fernandes, e companhia e avançar mais três pontos no Scarpelli. Muita sorte ao Bahia e confiança nessa vitória importante. E que seja 1 x 0 para o Esquadrão, amanhã nos encontramos com os comentários do jogo.