
Não é preocupante, ainda, o acesso do Vasco à série A do futebol brasileiro, mas temos passado cada sufoco que eu vou vos contar. O jogo de hoje, com a Ponte Preta, poderia ter sido um jogo mais simples, já que a Ponte tem pouca aspiração ao acesso, contanto que sua torcida compareceu em pequeno número ao Moisés Lucarelli, menos de 4000 pagantes. Mas não foi o que pareceu nos primeiros minutos de jogo, a Macaca marcava muito forte, e o Vasco não parecia querer muita coisa com o jogo. O meio de campo vascaíno estava muito afastado do ataque, então as bolas chegavam sem qualidade ao Pimpão e Aloísio.
Eis que aos 18 minutos, numa cobrança de falta pela esquerda, Carlos Alberto desvia a bola de cabeça e coloca no fundo das redes pontepretanas, nosso capitão saiu comemorando, apontou os dedos para os céus, como é de costume, mas o senhor Edivaldo Elias da Silva marcou alguma coisa que ninguém sabe o que foi, enfim anulou o gol que nos traria um certo conforto, e propiciaria um jogo mais cadenciado, como estava sendo. Não que 8 minutos depois, a Ponte que não parecia estar inspirada faria o seu gol através do Evando (um dos atacantes mais rodados do futebol brasileiro), a partir daí a partida ficou meio ruim de se ver, pouca criatividade, o juizão atrapalhando tudo, só para terem uma idéia, ele destribuiu 17 (eu disse 17) cartões no jogo.
O segundo tempo começou do mesmo jeitinho, o Vasco não criava muito, a marcação da Ponte era forte, e o juiz aplicava cartões até em espirros dos zagueiros, numa dessas o zagueirão da Ponte, o Jean, outro que também jogou no Vitória, foi expulso. Pensei, como sempre, que seria a hora da virada, me enganei totalmente, a Ponte não sentia a falta do zagueiro, e ainda atacava com muito perigo com o atacante Lins e o bom Fábiano Gadelha. Ahhhh... já ia esquecendo, o Elton (grande artilheiro, matador, centroavante vascaíno, melhor atacante do Rio) entrou e só fez tomar um cartão. O jogo caminhava para uma derrota melancólica do time carioca, até que apareceu ele, o nome do jogo, Sr° Edivaldo Elias da Silva, anotem esse nome. Para minha felicidade, mesmo não jogando bem, achamos um pênalti esquisito marcado por esse cidadão aos 30 minutos do segundo tempo, Carlos Alberto bateu e, agora sim, levantou as mãos para os céus valendo o tento. Pronto, 15 minutos para virar o jogo, Ponte com um a menos, a zaga toda pendurada, e o que vimos ? Pressão da Ponte, meus caros, os campineiros perderam duas chances reais de gol no final do jogo, e só não mudaram o placar por competência do Prass.
Bom, dos males o menor, o Guarani ganhou, certo, mas estamos a 1 ponto ainda do Bugre (que diga-se de passagem faz uma campanha fantástica no 2° turno, e merece subir para a 1ª sim, mesmo sendo contestado por muitos). O que valeu da partida foi esse pontinho, que não nos tirou a liderança, mas o sinal vermelho está aceso, o Vasco vem se apresentando mal a alguns jogos, sem Alex Teixeira e Souza na seleção Sub-20, o time perdeu muita qualidade e vem penando para se segurar no topo. Espero que o Dorival esteja vendo as mesmas coisas que esse humilde comentarista que vos fala, e proponha mudança, mas não são técnicas ou táticas não, de postura, vontade, garra, o time está jogando como se já fosse campeão, já estivesse na Série A, e não pode ser assim. Na terça, teremos Vasco e Vila em São Januário, vamos ver como a equipe entrará em campo, com que espírito, já que a vaga está perto, mas não matematicamente adquirida. Não podemos jogar achando que somos campeões já.
Um abraço a todos e até as próximas
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